Até que o orgasmo nos separe
Por:Carla Luma...
O anseio surge do nada, em qualquer momento ou lugar, e umedeço como se houvesse um caudaloso rio desaguando ardente no delta entre as minhas coxas.
Quando estou em casa, não tenho pressa. Combato o bom combate de prolongar ao infinito o torpor luxuriante. Experimento o intimismo prazer de me controlar, de não permitir que as mãos cumpram o previsível ofício das carícias obvias. Sou só pele, desvario, fantasias. Imagino cenas, leio poemas, ouço Mozart, um banho morno, uma taça de vinho tinto e, já inevitável, submeto-me ao gozo.
Se estou na rua o simples ato de caminhar é suficiente para me levar ao ápice. E é como se estivesse sendo possuída por toda aquela gente que cruza de um lado para o outro com a urgência dos estúpidos.
Ocorre, às vezes, um homem, uma mulher, que percebe, que me percebe, que se aproxima, que me abraça, me dá as mãos, que caminha ao lado até que o orgasmo nos separe...
O anseio surge do nada, em qualquer momento ou lugar, e umedeço como se houvesse um caudaloso rio desaguando ardente no delta entre as minhas coxas.
Quando estou em casa, não tenho pressa. Combato o bom combate de prolongar ao infinito o torpor luxuriante. Experimento o intimismo prazer de me controlar, de não permitir que as mãos cumpram o previsível ofício das carícias obvias. Sou só pele, desvario, fantasias. Imagino cenas, leio poemas, ouço Mozart, um banho morno, uma taça de vinho tinto e, já inevitável, submeto-me ao gozo.
Se estou na rua o simples ato de caminhar é suficiente para me levar ao ápice. E é como se estivesse sendo possuída por toda aquela gente que cruza de um lado para o outro com a urgência dos estúpidos.
Ocorre, às vezes, um homem, uma mulher, que percebe, que me percebe, que se aproxima, que me abraça, me dá as mãos, que caminha ao lado até que o orgasmo nos separe...
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